Um cobrador baleado na mão, um assaltante morto e outro ferido. O violento assalto a ônibus ocorrido no sábado é uma amostra do cotidiano da região conhecida como Jaqueira do Carneiro, em São Caetano, às margens da BR-324. “Tenho vários colegas que foram assaltados aqui, a partir de certa hora isso aqui fica abandonado.
Os assaltos acontecem tanto no sentido Feira como Salvador”, contou o motorista Antônio Marcos de Souza, 37 anos. Se motoristas e cobradores temem os assaltos, os passageiros que aguardam nos pontos correm risco dobrado. “De noite fica muito ruim, de manhã bem cedo também. A gente fica aqui no ponto, o ônibus demora, quando passa eles não param”, relatou a diarista Edna Santos da Silva, que mora em São Caetano. De acordo com informações do Grupo Especial de Repressão à Roubos a Coletivo (Gerrc), da Polícia Civil, foram registrados este ano 15 assaltos a ônibus no trecho entre a Brasilgás e a Jaqueira do Carneiro. O presidente do Sindicato dos Rodoviários, Manuel Machado, afirmou que se a polícia não tomar providências em relação à segurança, a entidade organizará uma manifestação na região.
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O presidente do Sindicato das Empresas de Transportes Públicos de Salvador (Setps), Horácio Brasil, diz que os assaltos na região afetam mais os ônibus de longa distância e, ao contrário de Machado, destaca os esforços tomados pela polícia. “Violência existe, mas diminuiu com o trabalho profissional que vem sendo desenvolvido pela Gerrc”.
A passarela, que liga São Caetano ao Calabetão, também é apontada como fontes de problemas pelos moradores da região. A Polícia Militar informou que o policiamento no local é de responsabilidade da 9ª Companhia Independente de Polícia Militar.
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