Ações em defesa da criança e do adolescente no período da Copa do Mundo foram discutidas em audiência pública, na manhã desta terça-feira (23), no Centro de Cultura da Câmara Municipal de Salvador. No debate, promovido pelo Conselho Municipal os Direitos da Criança e Adolescente de Salvador (CMDCA), foram cobrados dos representantes dos poderes públicos diagnósticos e estratégias para a proteção dos direitos dos jovens durante o evento esportivo.
A dois meses da Copa das Confederações, “ensaio” para a Copa do Mundo de 2014, a necessidade de investimentos para a garantia dos direitos das crianças e dos adolescentes foi ressaltada por Renildo Barbosa, ex-presidente do CMDCA.
“Estamos dando o início às discussões sobre o tema. Faremos os diagnósticos, os encaminhamentos e promoveremos mais debates. Estamos começando tardiamente para a Copa das Confederações, mas temos tempo suficiente para preparar ações em defesa das crianças e dos adolescentes para a Copa do Mundo”, declarou Renildo Barbosa.
A presidente do CDMCA, Dinsjani Pereira, falou sobre o diagnóstico que o Conselho fez de outro evento de grande porte, o Carnaval de Salvador de 2013. “Os números não são bons. Identificamos problemas muito grandes. Pouco se fala do sistema de garantia para criança e adolescentes. Só com a parceria e o envolvimento de órgãos públicos, como as secretarias Municipal de Educação e de Saúde, Casa Civil e o gabinete do prefeito, poderemos combater esse problema”, avaliou Dinsjani Pereira.
Os representantes da Fundação Itaú Criança e do Conselho Centro de Defesa da Criança e do Adolescente Yves de Roussan (Cedeca), respectivamente, Edson Cabral e Cida Roussan, fizeram um retrospecto do que já foi discutido sobre o assunto e as ações que precisam ser elaboradas. Para Cabral, “as medidas em defesa da criança e do adolescente devem ser padronizadas nas 12 cidades-sede da Copa”.
Legado social
Mais do que o resultado dentro de campo, a importância da Copa do Mundo de 2014 de deixar um legado social para o povo de Salvador foi ressaltada pelo representante da Secretaria de Assuntos para a Copa (Secopa), Marcos Andrade.
“Se ganharmos a Copa, melhor ainda. Mas a nossa maior vitória será fora de campo. Temos que proteger as nossas crianças e fazer com as pessoas que vierem para a cidade com motivos outros, que não sejam o esporte, não encontrem aqui um local fértil para exploração infantil e de adolescentes”, finalizou Marcos Andrade.
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